sábado, 30 de setembro de 2006

Conjunturas...

Hoje em dia é difícil determinarmos, com exactidão, as causas das nossas "desgraças"... Por vezes a noção do relativo é mais forte do que a do objectivo. Porquê esta sensação de insatisfação? Porque é que não conseguimos atribuir mais valor a tudo o que é positivo na vida e gastamos mais tempo com as desgraças, sejam alheias ou próprias? Porque é que vemos sempre a mancha na parede branca? Pois, se calhar, o que de menos bom (para não dizer mau) nos acontece tem mais importância para nós e não nos permite usufruir o que de bom nos aparece... Pois é nesta conjectura que eu me encontro...não me saiu o euromilhões, logo estou mais aborrecida!!! Claro que o euromilhões é relativo e é um caso de sorte... mas será que também é um caso de sorte tudo o que me acontece na vida? Não!!! Então como posso trabalhar para que as coisas boas que eu quero que me aconteçam surjam? Aceito todo o tipo de sugestões...

terça-feira, 26 de setembro de 2006

De Pinóquios e outros mentirosos

Não há nada mais desagradável e de difícil convivência do que os mentirosos... Eu sei que toda a gente se engana e a percepção da realidade é forçosamente, por inerência do facto de sermos humanos, diferente! Pois uns têm uns sentidos mais desenvolvidos que os outros, uns o cheiro, outros o paladar, outros a inteligência... eu, por exemplo, considero-me uma pessoa perspicaz... e talvez por isso detecte mentira ou camuflagens a milhas... E não gosto de quem aparenta ser uma coisa e de facto é outra completamente diferente... Já o disse por estes lados... São seres que praticam o show off, os falsos santos... hoje em dia a minha paciência para com esses seres está a acabar pois ainda não compreendo se de tanto mentir acreditam na verdade da mentira... ou se estão mesmo empenhados em enganar o parceiro por puro gozo de ver os outros sofrer... Isto de se ser Humano é um trabalho a tempo inteiro...

segunda-feira, 25 de setembro de 2006

Quem no ar se namora, pene e queixe-se do vento.

Todos temos tendência para não pensar nas coisas que nos magoam... Todos um dia fomos avisados para "termos juízo"... Todos pensamos que as desgraças só acontecem aos outros e que somos absolutamente e precisamente imortais... Todos caimos uma vez e pensámos que era coincidência... Todos caimos uma segunda vez e pensámos que era da conjuntura... Todos caímos uma terceira vez... e não pensámos, porque isso nos dói... Todos, uns mais outros menos, "perdemos o juízo" e fizemos figura de idiota... Todos havemos de perder, um dia... bem longe, a nosa imortalidade... Será que isso é coincidência? Será da conjuntura? Não quero nem pensar...

domingo, 24 de setembro de 2006

A língua resiste porque é mole; os dentes cedem porque são duros...(Provérbio Chinês)

Se pensarmos que resistir é enfrentar, então não estamos a ver bem... muitas das vezes resistir é aguentar e esperar que o momento de atacar chegue... nestes casos a nossa única opção é ceder para sobrevivermos. Será isso considerado "ser demasiado calculista"? Não... eu considero que é ser paciente e ter a noção de que "o mundo não acaba amanhã" e depois não nos esqueçamos "que o cão ladra porque tem medo" e muitas vezes mais eles que nós...

sexta-feira, 22 de setembro de 2006

O Mundo que Merecemos...

Porque será que após um grande acontecimento, daqueles que nos ocupa todas as nossas energias, vem uma grande sensação de vazio? Será que as nossas vidas só serão completas, se tivermos as nossas células cinzentas, o nosso coração e nervos em actividade? Ou será que somos uns grandes animais... de hábitos? Realmente, quanto mais dormimos mais queremos dormir e menos nos apetece fazer. Igualmente quando temos o dia todo desocupado, não fazemos coisa alguma... Agora o inverso? Não me parece justo... Mas constato que, efectivamente após uma explosão de adrenalina, preciso de mais e mais sob a pena de a vida deixar de estar preenchida... Ou será que antes destes já me faltava alguma coisa? Com que preenchemos a vida? A tornamos mais rica e meritória? Com aqueles de quem gostamos... Então, posso concluir que o que nos rodeia serve para ocuparmos o nosso tempo ao longo da existência humana, tipo parque de actividades? Não me parece um conceito muito feliz do Mundo... Se calhar sou eu que não mereço um Mundo melhor e tenho de o preencher para não pensar no que lhe faz falta!!!

quinta-feira, 21 de setembro de 2006

Maravilhoso século XXI

Vivemos numa época em que tudo é possível. Vivemos na era do telemóvel, do mensenger, dos transplantes de tudo, da Epidural...enfim, todos sentimos que a ciência é capaz de tudo! Vivemos numa altura, que na história só encontramos equivalente talvez na Revolução Industrial, em que não há barreiras físicas, numa aldeia global onde parece que tudo já foi ou está para ser inventado. Isto diz a "menina de letras" que nada percebe de matemática ou ciências, que por ela passava a vida a estudar o que foi já escrito, pensado ou dito. A esta menina de letras parece, no entato, que a maior descoberta ainda está para ser inventada. Pior! Parece ser a única a pensar que esta sim seria uma grande invenção: Inventem algo que transforme o que faz bem, num prazer e o que faz mal... a saber MESMO mal. Esta, im, seria a GRANDE invenção dos nossos dias, com claras evidencias da sua enorme utilidade. Se não vejamos, o chocolate sabe bem...mas faz mal a tudo, não há nada melhor do que um cigarrinho depois de um gelado ou de um café, tarde que é tarde acaba com uns camarões e umas cervejinhas...enfim...sabe bem, mas faz mal. O peixinho cozido, que faz bem a tudo, sabe mal. As saladinhas sem sabor, fazem milagres à saúde e à dieta....Enfim! Caros amigos, não seria estupendo (há anos que não ouvia sta palavra) se houvesse um comprimidinho que transformasse o bom em mau e o mau em bom?? Digam lá se não era a descoberta do Século!!!

domingo, 17 de setembro de 2006

Estratégias de e para a felicidade...

Se pensarmos que a felicidade é um dom, então não vele a pena exercitarmos a capacidade de "ser feliz"... no entanto, e embora considere que há pessoas intrínsecamente felizes, esta é uma daquelas capacidades que deriva primeiro do treino e depois...do hábito! Desde cedo tentei encontrar estratégias para me sentir melhor, quando "parece que o mundo desaba"... Algumas foram-me ensinadas por verdadeiros mestres na arte da felicidade (ora, não foram eles que me mantiveram feliz toda a minha infância, adolescência e até já em adulta?), sim estou a falar dos meus pais e de toda a minha família que, acreditem, é muito, muito feliz e continua a cultivar esta capacidade. Outras fui-as desenvolvendo ao longo da minha curta vidinha. Destas últimas destaco a capacidade de ver coisas bonitas... se o dia acorda cinzento, a roupa não quer secar, o vento estala nos ouvidos, ou o patrão está "com o espírito da mula", porque não ganhar um bocado de tempo e ultrapassar a "neura" com uma florzita no meio do nada ou com a aparente simetria dos prédios de uma cidade. Ou então, porque não fazer uma pausa, apanhar a boleia da recordação de um dos nossos momentos mais felizes, e começar a divagar... para um local onde não há chuva, vento, roupa ou patrões... Mas atenção, esta estratégia só se deve usar caso todas as outras falhem, pois corrermos o risco de ficarmos "agarrados", não querendo de jeito nenhum retornar à realidade. Usar, pois, com muita precaução e sabedoria. Se esta estratégia falhar, pode-se sempre... escrever asneiras em blogs...

sexta-feira, 15 de setembro de 2006

Absens heres non erit.

Não há ausentes sem culpa, nem presentes sem desculpa... Pois... A quem nunca aconteceu ter de ir a um determinado evento por obrigação? Só tem duas soluções ou arranja uma desculpa ou fica com a sua culpa!!! Também pode acontecer outra situação... Quem faz o convite até queria convidar, mas usou o meio de comunicação menos adequado para o fazer... E nesses casos não deve haver culpa do convidado nem desculpa para o anfitrião...Mas o meio de comunicação deveria no mínimo ser avisado!!! Vivam os eventos que nos dão imenso prazer em ir... dão-nos menos chatisses... E nesses, só fazem falta os que lá estão!!!

Azeite de cima, mel do meio e vinho do fundo, não enganam o mundo (continuação)

Pois, eu ainda não terminei de "esmiufrar" este assunto.. No post anterior, escrevi sobre pessoas no geral. Hoje escrevo sobre algumas em particular... Não, não tenho nada contra a humanidade, mas há seres humanos no mínimo estranhos! Quem, sendo vinho do fundo, mel do meio e azeite do de cima se faz passar por outro produto mais caro... E esses sim, andam escondidos atrás de um sorriso cínico a ver se enganam outros mais bem formados e educados do que eles... Falo daqueles, e todos conhecemos algum, que usam uma aparência de pessoa simpática, afável e educada, mas cuja cara é bem outra... De velhos cínicos. Esses seres aplicam o "show off" de uma forma maestral e enganam pessoas até bem experientes... Mas atenção: nunca conseguirão ludibriá-los até ao fim, pois a inteligência não conta a vosso favor...E depois de descoberta a verdadeira face, nunca mais poderão usar outra... Já estou outra vezz a ficar amarga... Mas essas pessoas tiram-me do sério seus... FALSOS!

Kodak (nao é latim)

Temos a mania de registar o momento com uma fotografia "para mais tarde recordar". Tentamos registar o momento especial num pedaço de filme, como se "aquilo" registasse mesmo a ocasião. Não guarda o cheiro, não guarda o contexto, não guarda as lágrimas, os risos, o calor das pessoas, não guarda sequer quem tira a fotografia...O que não deixa de ser um verbo interessante, mas afinal o que é que se “tira”?. Mas, mesmo assim, tiramos fotografias atrás de fotografias e ainda inventámos os álbuns que são uma espécie de mostrador desses momentos. Preocupamo-nos em ter uma máquina XPTO com melhor definição..mas nunca conseguiremos encontrar uma máquina que guarde mesmo o acontecimento. Acredito que pensamos mesmo que aquele momento será eternizado com uma foto technicolor...Tão adultos que nós somos e ainda acreditamos no Pai Natal.

Deus ajuda quem cedo madruga

Eu sempre gostei de dormir até tarde de manhã. Mesmo quando era miúda, ainda me lembro da Lurdes (literariamente devia ser Maria- que é sempre um bom nome para empregada) tentar desesperadamente acordar-me lá para as 11 horas, com a sua voz a dizer: Um, dois, três...esta agora é que é de vez. E eu, com a maldade própria das crianças, virava-me para o outro lado, numa luta desesperada por mais 5 minutos de soninho. Devia haver uma associação daqueles que não funcionam de manhã. Eu seria a sócia número um, presidente e membro honorário. Agora esta de Deus ajudar quem acorda cedo...não entendo. Então, será que Ele, de manhã, faz o levantamento das necessidades das pessoas, para dedicar a tarde para as ajudar? Ou será que só ouve as preces de manhã, talvez para concordar com o fuso horário de Israel? E, por isso, quem se levanta à tarde já não é incluído na lista? Ou então será que é um critério de selecção, aleatório, sim... porque terá que haver um critério. Não entendo. Pelas horas que hoje acordei, espero um dia fantástico. E já agora, um bom dia para todos!!!

quinta-feira, 14 de setembro de 2006

Azeite de cima, mel do meio e vinho do fundo, não enganam o mundo

Quem queremos nós enganar? Nos dias de hoje, todos tentamos enganar meio Mundo... É a vida... Eu nem acho, cinicamente, que isso seja deveras mal... É mais uma forma de sobrevivência... Agora, não devemos ter a pretenção de que todo o Mundo se deixa enganar... faz-me lembrar as conversas do Todo o Mundo e Ninguém que li algures pelos meus 12 anos... Nunca nos mostramos como realmente somos, será defeito? Não... Já desde muito cedo aprendemos que temos signos e ascendentes... O que somos e o que demonstramos ser... Só não devemos cair na patetice de pensar que somos aquilo que aparentamos ser, pois nesse caso... não somos mais do que espectros que se desvanecerão ao pôr do sol e quando só nos restarmos a nós próprios, não seremos ninguém... Everybody is a liar... and Nobody is perfect... but Who want's to be NOBODY?

quarta-feira, 13 de setembro de 2006

Habent sua fata libelli

Já cá faltava esta, não? Quem me conhece, sabe que este é uma "máxima", que me foi ensinada ainda muito nova, da qual faço o meu lema e da qual não abdico ou abdicarei... Sim, se fosse nobre, essa seria a frase que estaria debaixo do meu brasão. Mas o que significará ela? Não sou especialista em latim, nem tão pouco tal me interessa (a não ser no sentido de conhecer e compreender a minha língua). Se confiarmos na tradução deles afirmamos "os livros têm o seu destino", não é, no entanto, a minha interpretação... Gosto muito, muito de livros. Muitas vezes transportam-me para "o outro lado", para um Mundo diferente, passe o ordinarismo desta frase, mas não é isso que significa para mim... Esse é o meu segredo...não revelo MESMO. E a consciência de que partilho um código, capaz de ser entendido por NÓS e POR QUEM EU QUIZER faz-me sentir maior e até mais feliz. Faz-me sentir que pertenço a um mundo de pessoas fantásticas e que me ensinaram estratégias de sobrevivência e felicidade. Faz-me sentir pertencente e querida num "clube privado" que não foi escolhido por mim, mas onde me aceitaram, como se de mim estivessem à espera... no fundo faz-me sentir EU... A quem me ensinou um dia "...não te preocupes, habent sua fata libelli" o meu muito obrigado pelo que fui, serei e sou. Obrigado pelo desvendar da estratégia de ser feliz, pela partilha da inteligência e sobretudo... pela sabedoria de que quando falha a dos outros... não importa!

No cimo do Marão...mandam os que lá estão!

Se é assumido que temos de respeitar as hierarquias, também é ponto assente que elas estão em convulsão... Hoje em dia o pressuposto de uma carreira assente na antiguidade é um conceito obsoleto... Que o digam todos os "boys" colocados pelas entidades "dominantes"... Não devemos, contudo, esquecer que o fundamental disto tudo é a COMPETÊNCIA e essa, cada vez mais, está esquecida na terminologia das carreiras. Pois é, mas como aferir a competência? Há quem diga que é com avaliações (internas ou externas) competentes, outros dizem que é com o aumento da formação ao longo da vida activa e há ainda quem pense que é com a motivação de todos os que trabalham... Será que todas essas formas não se podem cruzar e avançar conjuntamente? Ou será que não há competência para o fazer? Se calhar temos é orgulho de andar a ver como é que os outros fazem para fazer igual... nunca melhor? Isso chamo eu de incompetência e falta de iniciativa...

terça-feira, 12 de setembro de 2006

A necessidade de sistemas formais

Hoje em dia estamos regulamentados em tudo... vivemos numa época em que as leis, e a sua fuga, prevalecem... Está regulamentado se podemos ou não atirar papéis para o chão, ou quando o podemos fazer. Em que condições se apita, quantas vezes devemos comer, como nos cumprimentamos, etc. etc. Para quê tantas normas? Será que sem elas caimos num anarquismo, ou sem elas não nos entendemos? Eu acho que todas as regas, as impostas e as de livre escolha, servem para nos dar um "cheiro" de aparente segurança, do tipo: "se eu fizer tudo o que a cartilha diz, se não fugir da norma, então terei mais probabilidades de ter o que desejo". Este tipo de pensamento faz-me invejar os que se aventuram e (se) arriscam... Se por um lado há o desejo de segurança, regulamentada de preferência... por outro há a necessidade de aventura... É para isso que servem as férias...

copo meio cheio vs meio vazio

É certo que nós olhamos para o acontecimentos da vida consoante os filtros das nossas vivências, necessidades, angustias, ou até, humor. Ao longo da nossa vida vamos encontrando formas de ver, deturpando, muitas vezes, a realidade e os acontecimentos... Na literatura a isto chama-se eufemismos, na religião, aceitar a vontade de Deus, na vida...aberta ou veladamente chama-se cobardia. Podemos prespectivar os factos da forma que quisermos, ou podemos, e isso é aceitável. Inaceitável é deixar de os viver, de os sentir e de sermos transformados por eles. Ver se o copo está meio cheio ou meio vazio é uma questão de prespectiva, claro...porque o importante é saber se mata a sede e se nos mantém vivos.

domingo, 10 de setembro de 2006

Se Helena apartar dos campos seus olhos...nascerão abrolhos

Estas frases estão a ficar cada vez mais óbvias... Esta vale por si só... Quantas vezes achamos que, tudo aquilo que depende de nós, funciona só porque temos lá os olhos? Por exemplo, não podemos desviar a atenção do forno quando cozinhamos, senão, o assado não fica bem... Ou então, se não vigiarmos "de perto" os nossos funcionários, eles têm a sua produtividade diminuída... Temos a noção que devemos controlar todos os aspectos que nos circundam, manter uma vigilância apertada é fundamental para a nossa necessidade de controlo... Não seria mais produtivo se tomássemos consciência de que... mais do que a necessidade de controlo devemos ter a noção de segurança? E isso é o que todos procuramos. Insistindo em controlar, assalta-nos indubitavelmente a pergunta... QUEM NOS VIGIA A NÓS?

quinta-feira, 7 de setembro de 2006

A felicidade é algo que se multiplica quando se divide...

Desde sempre, isso parece uma verdade do grande Marechal de França, Jacques II de Chabannes, a felicidade é algo que se dá, que se oferece... gratuitamente. Sim pode ser verdade, mas também o é que quando se espera alguma coisa em troca, vende-se! Ora isto nem sempre é acordado por todos...Não é consensual, mas é a minha ideia: pode-se vender a felicidade... E melhor, tem mercado garantido! (isto se nós a conseguirmos apanhar, consumir e quando, sobrar, vender, claro). A que chamamos nós felicidade? Quanto estamos dispostos a pagar por ela? Pois é, também é daquelas coisas que tem uma etiqueta com números sempre demais... independentemente do produto. Ela é sempre um dos nossos bens mais preciosos (quem a tem chama-lhe sua) e escassos do nosso planeta. Tão rara que muitas vezes a confundimos com outras coisas...
Esta é mais uma daquelas... Monsieur de La Palice est mort, Mort devant Pavie, Un quart d'heure avant sa mort, Il était encore en vie.

quarta-feira, 6 de setembro de 2006

Não acredito em bruxas...mas que as há... lá isso há!

Em boa verdade, eu não acredito em bruxas... no entanto acredito que há pessoas tão negativas, tão mal intencionadas, tão negativas que... se não o são, imitam muito bem... Podem não ter verrugas na cara, nem voar nas vassoras... mas têm-nas na alma, no seu feitio... Só lhes tiramos a pinta depois de muitas vezes termos caído... pois normalmente fazem-se de sonsas, as tais! Eu???? Nunca.... deves ter percebido mal... Fujam delas... antes que o bicho papão vos pegue!!!

terça-feira, 5 de setembro de 2006

Veni Vidi Vici

Cheguei, vi e venci...E no fim de tudo: senti! Há muitas situações em que quanto mais se pensa pior é... de facto, a maior parte das vezes o instinto é um óptimo conselheiro! O que acontece é que muitos de nós perdemos a capacidade de seguir o nosso verdadeiro instinto, destreinamo-nos de nos ouvir! Mas se pensarmos bem: quem é que gosta mais de nós? Quem é que nunca nos mente? Quem é que está lá sempre? Nós próprios... mesmo porque não nos podemos separar de nós e somos obrigados, muitas das vezes, a conviver com a nossa cara e com o nosso feitio! Acho que a ordem das coisas está trocada: primeiro devíamos sentir, depois pensar e depois agir... No entanto o que a maior parte das vezes fazemos é olhamos, decidimos, pensamos e depois sentimos... esquecendo-nos de nós... Recoloquemo-nos na agenda, e aprendamos a ouvir-nos!

segunda-feira, 4 de setembro de 2006

Há três coisas na vida que nunca voltam atrás: a flecha lançada, a palavra pronunciada e a oportunidade perdida...(Provérbio Chinês)

Voltar atrás é muitas vezes difícil, outras impossível e outras, a única forma inteligente de prosseguirmos em frente...
Quantas vezes queremos voltar para trás e por orgulho prosseguimos, fazemos uma "fuga para a frente" e continuamos a insistir... que de facto temos razão? Sem querer entrar por questões estratégias, essas não me interessam de todo, considero que, depois de dispararmos uma palavra azeda, malvada, qual flecha certeira, não devemos perder a oportunidade de pedirmos rapidamente e sinceramente desculpa! (Bem fala Frei Tomás...)

domingo, 3 de setembro de 2006

De margaridas e outras flores...

As margaridas costumam ser as flores que as crianças desenham, talvez por isso gosto tanto delas! São flores simples, sóbrias, alegres e exigem pouco para crescer e nos darem a sua beleza... Elas crescem no campo, muitas vezes quando nós menos esperamos... Gostam de nos surpreender... E ficam por lá sempre que são necessárias... A sua simplicidade incita-me, provoca-me, faz-me rir e pensar que, se calhar, não são tão simples assim... De facto elas só são simples na aparência, pois se as ouvirmos, verificaremos que nós é que simplificamos o nosso entendimento delas! Se elas falássem diriam qualquer coisa deste género: "somos simples nunca simplórias"! Assim são as Margaridas, assim são os verdadeiros amigos... Muito obrigada a todas as Margaridas do Mundo!!!
Imagem encontrada em: http://gl.wikipedia.org/wiki/Image:Margarida_01eue.jpg

Quando o sábio aponta para a Lua, o idiota olha para o dedo (Provérbio chinês)

Quando não percebemos o que nos dizem, fazemos figura de idiotas... Muitas vezes dispersamo-nos das coisas importantes e centramo-nos, a nós e às nossas vidas, em pormenores, coisas menores e de pouca importância. Por outro lado, todos nos julgamos um pouco sábios e decerto o seremos... Não gostamos é que ou outros nos olhem para o dedo em vez de olharem para a Lua... Também todos temos o direito de errar e de não ser chamados de idiotas... Quantas vezes o erro de hoje é a verdade de amanhã? E quantas vezes é com o erro que se aprende? Temos é de ter humildade para dizer que como não somos perfeitos, erramos... mas com isso aprendemos. Com relação a ouvirmos os outros, diz o povo com alguma razão (como quase sempre) que "o esperto só acredita em metade, e o génio sabe em que metade deve acreditar..." Há ainda outro ponto, por vezes quando o sábio aponta para a Lua, quer-nos dizer que ela é linda... não nos quer falar do seu movimento, nem das suas fases... pois sábio é aquele que para além de tentar compreender o seu Mundo, ainda se maravilha com a sua beleza....
Imagem encontrada em: http://www.geocities.com/Athens/4539/socrat/divino.jpg

sábado, 2 de setembro de 2006

Quem ovelhas cria, tolo é se não as tosquia..

Pois, mais uma vez escrevo sobre oportunidades (perdidas e ganhas)... Pelos vistos gosto do tema! Aproveitar as oportunidades é um dever para connosco e para com aqueles que gostam de nós... Eles ficam decerto mais felizes se nós construírmos o nosso destino, o aproveitarmos bem e o partilharmos com eles. Mas atenção, precisamos de algum sentido crítico pois se formos pouco selectivos, corremos o risco de ser e parecer fracos, pois "Quem ovelha se faz...o lobo o come"!
Foto encontrada em:http://www.freefoto.com

O que é uma borboleta? Nada mais do que uma lagarta vestida....

As verdadeiras e mais bonitas borboletas são as que nunca se esqueceram de que foram lagartas e que aprenderam com isso... Fazem da sua vida uma aprendizagem constante, preparado-se para todas as surpresas, boas ou más da vida, e aceitando-as. Tendo consciência de que a vida é curta e que temos pouco tempo para mostrar o nosso melhor... E deste modo, mesmo sabendo que não são mais do que lagartas vestidas, podemo-nos deixar deslumbrar com as borboletas....
Foto encontrada em http://butterflywebsite.com

sexta-feira, 1 de setembro de 2006

Quod corvis natum est, non submergitur aquis!

Quem nasceu para a forca, não morre afogado! Será mesmo verdade? Será que todos temos um destino marcado à nascença? Não acredito! Creio só e sempre que temos uma missão nesta vida e que temos de a completar... Tudo o resto são coincidências...
Deus não tira o dia para nos irritar ou para nos aborrecer... tão pouco usa os seus poderes para nos dar o euromihões... Não é a ele que devemos culpar pelo bom ou mau da nossa vida, mas sim a nós próprios e às chamadas conjunturas da vida...
Hoje em dia, muita gente que "nasceu para a forca," morre afogado... eu chamo a isso oportunidades aproveitadas, construírmos o nosso "destino" à medida que vamos caminhando... Que todos tenhamos oportunidade de "morrer a dormir"!

Quem nasceu para vintém...nunca chega a pataco

Dizem os antigos... A verdade é que somos o que somos e não o que queremos ou poderíamos ser...
Quanto mais cedo nos conseguirmos aceitar, mais depressa conseguimos ser felizes e mais genuínos nos tornamos.
Não quero com isto dizer que temos de nos considerar sempre como vinténs ou sempre como patacos... Estaremos sempre no meio disto, mas não podemos deixar de aceitar que para umas coisas somos vinténs e para outras patacos.
Não é a teoria do forte e do fraco, senão diria "quem nasce debaixo do banco, nunca chega a sentar-se", pois obviamente eu acho mais forte o fraco que enfrenta o forte do que o forte que enfrenta o fraco. Quem é quem agora? Agora um vintém nunca deixa de ser vintém... por muito que queira ser pataco ou tente passar por pataco... É do valor das pessoas que se trata... No entanto não devemos esquecer que meia dúzia de vinténs podem perfazer um pataco... É assim que a nossa vida fica literalmente mais RICA!!!

Chupa um prego para ver se vira parafuso

Diz o povo que temos de dançar como a música toca... Então, temos que viver consoante o que os outros, a vida, o destino, Deus...nos apresentam a vida? Não seremos nós também donos de nós, das nossas decisões? Caindo no cliché... é certo que não se fazem omoletes sem ovos... mas há que haver a vontade de as fazer..... Todos somos donos de nós, e ainda em vida pagamos a factura ou recebemos os lucros das nossas atitudes... Pelo menos é assim que quero acreditar... porque por mais que se chupe um prego...ele será sempre um prego e nunca um parafuso....

Quien sera sera... Forever will be will be...

Aí vem mais um à procura de Ana... Welcome! Bien venue!

Quem morre de véspera... é o perú do Natal!

Não adianta anteciparmos problemas, mesmo quando eles vão acontecer com bastante probabilidade... Devemos, isso sim, prepararmo-nos para nos proteger, e criar resistências pessoais... Se fizermos um apanhado dos nossos backups emocionais encontramos força suficiente para quando caimos: a nossa família, amigos,... Mas não caiamos na patetice de nos suportarmos em pessoas mais amargas do que aquilo em que nos podemos transformar. Se uma determinada pessoa nos coloca sistematicamente "em baixo" isso deveria ser para nós, seres inteligentes, um indicador de que, caso algo mau nos aconteça, eles não saberão estar lá... simplesmente estar lá... Pois quando estamos tristes tornamo-nos possessivos, carentes e merecedores de toda a atenção. Fazer esta contagem "de espingardas" é preparar suporte psicológico... e aí temos de o fazer de um modo friamente racional... Por exemplo, quando temos um problema na nossa relação, com quem devemos falar? Com quem tem uma relação estável e feliz ou com aquelas pessoas que nunca acertam com o parceiro e são sempre os solitários? Parece óbvio que, se queremos realmente resolver os nossos problemas, os melhores conselheiro são aqueles que tiveram a inteligência de saber partilhar as suas vidas... Sejamos inteligentes! Temos obrigação disso...

Quem olha para trás... é a barriga das pernas:-)

É verdade!!! Acredite-se ou não. Depois de tomadas as decisões, uma mais importantes, outras menos, temos de seguir em frente. Sobretudo e principalmente sem olhar para trás, pois corremos o risco de nos transformarmos em estátuas de sal. Quando nos decidimos temos de pensar adiante e compreender porque é que a evolução nos colocou com os olhos na frente do corpo e com uma visão periférica limitada de modo a não corrermos o risco de olhar para trás... A evolução é que sabe! Não há predadores psicológicos se os não virmos. Pode-se perdoar o complexo avestruz (de colocar a cabeça debaixo da areia) pois o que não se vê não existe... O que fica atrás não é importante logo não fará saudades... Em certas circunstâncias, bem sabido, pois aquilo que involuntariamente foi deixado pode, e deve, ser considerado digno de recordação. No entanto aquilo que resta de decisões ponderadas e racionais não deve ser achado nas recordações sob a pena de não encontrarmos aquilo que realmente é importante e perdermos oportunidade de ser felizes... Vivam os olhos e abaixo as barrigas... das pernas claro está!!!!

(In)verdades da vida

Sim... hoje estive a pensar sobre o conceito de verdade... Sempre fui ensinada a dizer sempre a verdade e sempre pratiquei este acto de civismo, mas hoje começo a pensar: que verdade? A minha ou a dos outros? Já dizia Gaston Bachelard que se tivéssemos uns óculos com lentes verdes à frente veríamos erva e estaríamos a comer palha... Será que todos nós não temos sempre uns óculos destes colocados? E qual a sua cor? Pois eu penso que a cor das lentes pode ser a do preconceito, da (falta de) educação, do egoísmo e das nossas vivências passadas. Mas também podem ser umas lentes "cor de rosa" que transformam as coisas que vimos em coisas mais positivas do que elas relamente são... Eu normalmente uso estas lentes... Será por isso que sou uma eterna optimista? Ou serei apenas uma distraída, inadaptada, idealista e incapaz de ver a realidade na sua versão mais dura? Ainda há outro tipo de lentes: a que transforma pessoas com visão normal em miopes, que me desculpem os verdadeiros, mas são aqueles que vêm tudo aumentado e desfocado. Uma pequenita coisa passa a ter uma dimensão de elefante, mas com a clareza de um grande nevoeiro... São os que fazem tempestades em copos de água e os que mais longe estão da realidade. Para esses só posso aconselhar uma ida a um profissional pois deve haver qualquer coisa na vossa vida que não está resolvida! A verdade existe, mas eu considero que cada um tem a sua... Quando não vemos a realidade, basta-nos senti-la: e aí, os das lentes cor-de-rosa, chocam-se ao sentir as injustiças do dia a dia. Mas não são para nos chocarmos??? Os outros tentam inferir e interpretar à luz das suas lentes... e eu acho que os coloca mais longe da realidade! Afinal quem anda no Mundo a Lua? A quem nunca aconteceu estar acompanhado e ver um determinado acontecimento, como por exemplo um acidente, e depois compararem versões? Elas serão necessáriamente diferentes, pois as lentes e as cabeças que processaram a informação são diferentes. Eu acho que a verdade é o mínimo múltiplo comum de todas as versões... E a verdade reduz-se a uns pequenos segundos nas horas da vida! É o que dá tirarmos os nossos óculos por uns momentos!